quarta-feira, outubro 06, 2010

VIAGEM À GRÉCIA 2010

No início do Outono, coloquei uma mochila às costas e rumei à Grécia.
Apesar do cansaço, a curiosidade de conhecer mais um país, revelou-se entusiasmante.
Em Atenas, passei-me pela Acrópole e no Agora, imaginando-me o Platão e o Sócrates a arrastar a sua toga.
Conheci o meu primeiro Grego, que me ensinou as asneiras, frases e palavras úteis. MALAKA, foi a minha primeira palavra grega, que significa “bater uma” ou “pívia”, se assim preferirmos. Esta palavra pode ser utilizada quando estamos chateados, e neste caso, é uma asneira das grossas. Embora seja também utilizada por todos, no bom sentido, que é como quem diz “cona”, “foda-se” ou “caralhos me fodam”.
Kalimera, foi a minha segunda palavra mais utilizada e fácil de memorizar, por causa do Kalimero, que foi ao cú à Abelha Maia. Quer dizer Bom-dia.
Lembro-me agora da outra asneira, ARRÌDÍ, que no vulgar português se pode traduzir por “caralho”.
Diz-me o meu primeiro amigo Grego: “Se disseres MALAKA e ARRÌDÌ, end of the conversation”. KALINICTA é Boa-noite e EFXARISTO obrigado.
Em Atenas hospedou-me um Grego economista com quem se podia contar, mas depressa tomei o rumo das ilhas gregas.
Fazia calor e uns bons mergulhos no Mar Egeu, pareceu-me uma excelente ideia. Visitei a ilha, assisti a uma missa ortodoxa e a um espectáculo tradicional, “made in Naxos”.
As últimas horas que passei nesta ilha foram cruciais, porque conheci o homem que tinha um Hotel e que passava os dias à espera que os barcos atracassem, com o intuito de “arranjar” hóspedes. Arranjou maneira de me irem esperar ao porto de Siros (a outra ilha que visitei).
O Hotel ficava localizado a 10 km da cidade. Comecei a ficar nervosa e perguntei incessantemente qual a melhor maneira de me deslocar.
Esperei o autocarro para a cidade, que tardou muito em chegar. Escolhi um Bar e bebi em Vodka o dinheiro do Táxi que teria que pagar na volta.
Conheci o “Jerónimo”, um Grego que parecia um índio das Américas. Gostava de “pinga” e tinha um delicioso sentido de humor.
De súbito, entrou na minha vida o Andonis. Gostou de mim, aliás, gostou demasiado. Era também um “Chambre, Room, Zimmer”, à cata de hóspedes no porto.
Foram dois dias passados num sítio pacato, onde se fazia praia e se bebia copos à noite. Uma família Irlandesa marcou presença com muitos copos, conversa e mais copos, na qual se destacava o Pai, com idade para ser meu avó.
De volta a Atenas, de mochila às costas, observo os Gregos, faço “casting” aos mais giros e concluo que são mais agressivos que nós, miram as gajas, tiram bem as medidas, como se fossem costureiros. Uns são muito simpáticos, a maior parte nem por isso, principalmente na cidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário