Sushi
A forma tradicional de confeccionar sushi remonta ao século IV a. C. e ao Sudeste Asiático, onde era usada uma porção de arroz cozido que, ao fermentar, ajudava na conservação do peixe salgado. Por isso, sushi em japonês arcaico quer dizer “azedo”.
Mais tarde, no século XIV, o vinagre foi adicionado à mistura de peixe e arroz para melhorar o paladar e a conservação. O sushi que comemos hoje tem apenas 200 anos e começou a ser vendido em barracas de rua como uma espécie de fast food.
Em 1923, quando muitos sushimen voltaram para a província depois do terramoto em Tóquio, a moda do sushi espalhou-se a todo o país. Na década de 80, a ideia de que a cozinha japonesa era saudável começou a circular no Ocidente e muitos restaurantes nipónicos abriram em todo o mundo.
A oferta tornou-se entretanto mais variada: aos tradicionais peixe, arroz e vinagre foram adicionados ingredientes como o abacate ou o bambu.
Risotto alla Milanesa
O Risotto foi levado para a Lombardia, região no Norte de Itália, pelos sarracenos no século XI. Significa pequeno arroz em italiano e a primeira receita feita com a iguaria é de 1574 – o famoso risotto alla milanese. Durante a construção da Duomo de Milão, o mestre de vidros Valerio de Fianders, responsável pelas janelas da catedral, reparou que um dos alunos misturava às escondidas açafrão nas tintas e conseguia efeitos extraordinários na cor do vidro.
O pupilo recebeu a alcunha de Açafrão (zafferano em italiano) e todos os dias era desafiado pelo mestre: “Se continuas a meter isso em tudo qualquer dia ainda te vejo a comer arroz amarelo”, disse-lhe. No dia do casamento da filha de Fianders, Açafrão vingou-se das provocações do mestre e adicionou ao risotto que iria ser servido na boda o seu ingrediente secreto.
Ninguém queria provar a pirâmide de arroz amarelo até que um dos convidados deu o primeiro passo. Todos lhe seguiram o exemplo e no fim não restou nem um bago de arroz. Estava criado o risotto alla milanese.
O pupilo recebeu a alcunha de Açafrão (zafferano em italiano) e todos os dias era desafiado pelo mestre: “Se continuas a meter isso em tudo qualquer dia ainda te vejo a comer arroz amarelo”, disse-lhe. No dia do casamento da filha de Fianders, Açafrão vingou-se das provocações do mestre e adicionou ao risotto que iria ser servido na boda o seu ingrediente secreto.
Ninguém queria provar a pirâmide de arroz amarelo até que um dos convidados deu o primeiro passo. Todos lhe seguiram o exemplo e no fim não restou nem um bago de arroz. Estava criado o risotto alla milanese.
Bife Tártaro
Quando os tártaros (ou mongóis) invadiram a Polónia, no século XIII, rejeitavam descer dos cavalos apenas para confeccionar comida. A sua alimentação era feita à base de tiras de carne crua que colocavam em cima das selas e que, com o calor e o suor do cavalo, acabavam por marinar e amaciar.
Esta foi a base de confecção do prato que mais tarde veio a ter o nome de bife tártaro. Foi servido pela primeira vez em França no início do século XX e considerado uma variação do bife à americana com a diferença de que, além da carne crua e da gema de ovo, era regado com molho tártaro (feito à base de maionese, picles, cebola e azeitonas).
O bife tártaro é um prato especial, mas muitos médicos alertam que o risco de contaminação por bactérias e parasitas depois de se ingerir carne crua é muito elevado.
Fondue
Começou por ser confeccionado apenas com queijo, na fronteira franco-suíça, no fim do século XVII. Como o queijo era um alimento muito caro, o prato só terá sido provado por ricos que viviam em cidades.
Na década de 1950, o fondue passou a fazer parte da alimentação do exército suíço e os soldados acabaram por levar a receita para casa.
Ainda hoje, na Suíça, preparar um fondue é uma tarefa exclusivamente masculina. A fama internacional chegou quando o fondue começou a ser servido no restaurante Chalet Suisse, em Nova Iorque. O chef Conrad Egli criou mais duas variedades: o de carne e o de chocolate.
Bavaroise
Os franceses dizem que esta sobremesa é uma invenção suíça e que aprenderam a receita com os empregados da Casa Real da Baviera, que a levaram para lá. Começou a ser confeccionada com maior frequência no início do século XVII e foi massificada pelas mãos do famoso cozinheiro francês Marie-Antoine Carême.
Trata-se de um triunfo da culinária porque, quando começou a ser confeccionada, não havia aparelhos de refrigeração. Para garantir a sua solidificação, o doce era colocado num alguidar cheio de gelo, que frequentemente era misturado com sal, de forma a garantir temperaturas abaixo de 0°C.
Petit Gâteau
Este bolo de chocolate é resultado de um erro técnico. Foi criado por acidente nos EUA quando um aprendiz de cozinheiro aqueceu muito o forno e deixou tostar demasiado aquilo que era para ser um bolo de chocolate fofo.
Apesar disso, os clientes adoraram a receita, que se popularizou nos restaurantes nova-iorquinos nos anos 90. A denominação francesa petit gâteau (bolo pequeno) trata-se de uma questão de marketing, porque a origem da sobremesa (servida habitualmente com uma bola de gelado) é americana.
Alguns especialistas de cozinha dizem que o nome do bolo também pode estar relacionado com os ingredientes, muito semelhantes à tarte au chocolat francesa.
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