Continuam a monte os dois presos que, ontem à tarde, em Lisboa, fugiram de uma carrinha prisional depois de se terem libertado das algemas. Esta tarde, o director-geral dos serviços prisionais ordenou uma vistoria geral às algemas, quer as de metal que imobilizam detidos, quer as de peluche que mantém pessoas presas à cama ou ao frigorífico em circunstâncias que não importa agora salientar.
As autoridades já estão a bater o país, casa a casa, cama a cama, bidé a bidé, com o intuito de verificar a fiabilidade das algemas usadas pelos portugueses, bem como se as cuecas comestíveis, preservativos, lubrificantes, nylons, cartões de sócio do Trofense, vegetais protuberantes, fotos de Defensor Moura na torre de controlo do aeroporto de Luanda em 1972 ou outros materiais usados para se excitarem ou fugirem à polícia, ameaçam a integridade física dos cidadãos.
Mário Botequilha
InInimigo Público
Sem comentários:
Enviar um comentário