Em Timor-Leste, o povo maubere apresenta, em termos etnográficos, grandes diferenças de uma zona para outra, nomeadamente na forma como constroem casas. Os mambai começam por espetar seis paus no terreno, quatro nos vértices do rectângulo de implantação da casa e dois ao centro, mais compridos, para suporte do pau de fileira. Em seguida colocam os frechais que ligam as extremidades dos paus entre si e, depois, dispõem-se perpendicularmente ripas de bambu para suporte da cobertura em capim, sendo as ligações feitas com corda de gamute. A cobertura é rematada com um tronco escavado que é revirado nas duas pontas, com a configuração de uma canoa, que é ornamentada com desenhos escavados à faca ou a fogo. Esses desenhos podem ser mais evidentes nas casas lulik, isto é, nas casas sagradas de uma determinada povoação. Em certas povoações podem surgir casas de pedra e cal com cobertura de colmo, de maiores dimensões do que as restantes, destinadas aos chefes suku. De acordo com a cultura local, a habitação é considerada património familiar, um bem de uso, não podendo ser alienada ou arrendada. A casa sagrada (lulik), habitada como as restantes, é considerada como a casa-mãe do respectivo clã. Na extremidade leste de Timor as casas tradicionais são suspensas por pilares como medida de defesa contra os animais selvagens e os tectos são cobertos de colmo, com ornamentos mais sofisticados do que as casas mambai .
domingo, fevereiro 06, 2011
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