O Ministério da Saúde brasileiro mandou retirar uma campanha que
instava as prostitutas a usarem preservativo, depois de fortes protestos da
oposição e de meios mais conservadores.
Eu sou feliz sendo
prostituta era o lema da campanha lançada na Internet no
Dia Internacional das Prostitutas, celebrado a 2 de Junho, e visava, além de
incentivar o uso de preservativo, levar as profissionais do sexo a não terem
vergonha de procurar tratamento médico para doenças transmitidas sexualmente.
Colocada na página online do Ministério da Saúde e nas
redes sociais, a campanha foi imediatamente alvo de duras críticas. “Estamos a
lutar contra a prostituição infantil e surge uma campanha que a incentiva”,
afirmou a deputada federal Liliam Sá numa reunião parlamentar.
O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, uma estrela em ascensão no Partido dos Trabalhadores e que é
apontado como possível candidato a governador de São Paulo, assegurou através
da rede social Twitter que a campanha tinha sido lançada sem o seu
consentimento. Padilha acrescentou que a decisão de retirar a campanha nada
tinha a ver com as críticas de que foi alvo. Entretanto, o jornal
brasileiro O Globo revelou nesta quarta-feira que
Alexandre Padilha demitiu o director do Departamento de Vigilância, Prevenção e
Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida e Hepatites Virais do ministério, Dirceu Greco.