segunda-feira, novembro 26, 2012

Autora de "As 50 Sombras de Grey" está em Portugal - Cultura - Notícias - RTP

Nunca gostei de livros eróticos.
Para minha infelicidade de quando a quando surge este tipo de literatura e o mundo inteiro, compra e lê este tipo de "lixo" literario, especialmente quando uma doméstica se lembra de escrever sobre esta temática.
Custa-me sobretudo, ouvir comentários de mulheres (que são as principais consumidoras deste livro), que já não liam um livro há mais de 30 anos e que devoraram supostamente este best-seller.
QUE TRISTEZA!

 


"Erika Leonard James tinha na antiga casa um quarto vago com uma parede vermelha. Era apenas uma divisão para passar a ferro, nada que se assemelhasse – já garantiu – ao ‘quarto vermelho da dor’, onde o Adónis da trilogia ‘As Cinquenta Sombras’ que escreveu recebe as suas conquistas no universo sadomasoquista, de sexo e dominação. Mas isso foi antes do sucesso da autora. Na nova casa – de quatro milhões de euros, com sete quartos e uma piscina interior –, são muitos os quartos vagos. E. L. James, assim é conhecida no universo literário, não refere para que servirão. Escusa-se, aliás, a falar de sexo quando o sexo não é aquele que é descrito nos livros que lhe deram fama e fortuna além-fronteiras.
A autora esteve em Portugal, e, em entrevista ao CM, contou que a inspiração para as ‘Cinquenta Sombras’ surgiu da sua própria "experiência pessoal, da imaginação e de alguma pesquisa", mas não adianta pormenores da vida em casal. Nunca leu Sade ou Anaïs Nin, mas na memória ainda tinha – contou também – "o livro lésbico ‘Macho Sluts’ (literalmente, ‘Galdérias-Macho’), de Pat Califia", que leu na década de 1990.
Mais tarde, "houve uma série de livros, no Reino Unido, também dentro do género LGBT, que me interessaram". Mas tinha vergonha das capas dos livros eróticos – sempre com muita exposição do corpo nu – e por isso decidiu que, se um dia escrevesse um romance do género, teria muita atenção na escolha da capa, para que as pessoas pudessem lê-lo nos cabeleireiros, transportes e outros locais públicos sem se sentirem embaraçadas. É o que está a acontecer um pouco por todo o Mundo, aliás.
DESPEDIU-SE POR TELEFONE
No ano passado, por esta altura, Erika, uma ex-assistente de produção na televisão britânica (despediu-se por telefone, perante o pasmo do marido, quando começou a escrever), de 49 anos, saía à rua sem ser reconhecida por ninguém que não fossem os vizinhos do bairro onde vivia com o marido de há 20 anos, que conheceu na televisão onde ambos trabalhavam, e dois filhos adolescentes, de 15 e 17 anos.
"Os meus filhos não lêem. São dois rapazes. E como tal o que gostam de fazer é brincar com as PlayStations e estar no YouTube. Eu não lhes disse que não podem ler os livros, mas ficaria bastante embaraçada se o fizessem. Acho que eles também ficariam embaraçados. Mais tarde, talvez", confessou também na referida entrevista ao CM. Por outro lado, a mãe da autora [o pai já morreu] "adorou os livros. Mas felizmente não me fez nenhuma pergunta sobre a minha vida sexual", partilhou Erika.
Certo é que, em pouco mais de 365 dias, a autora da literatura ‘porno para mamãs’ – chavão criado pelo jornal ‘The New York Times’ que tem sido repetido à exaustão por se ter tornado uma espécie de Kama Sutra para mulheres casadas e com filhos – tornou-se na sexta pessoa mais influente do Mundo – segundo a revista ‘Time’ –, só precedida por uma estrela da NBA e outra de futebol americano, dois actores de renome e um artista/compositor.
Ao ‘The Guardian’, o marido, Niall Diamond, um argumentista ‘freelance’ que aproveitou a boleia do sucesso de Erika para lançar ele próprio um romance, ‘Crusher’, anuncia que "os comentadores até podem achar" que o casal passa as tardes "numa piscina imensa com golfinhos treinados para trazerem refrigerantes, mas na vida real têm de passear o cão, alimentar os miúdos, tratar de parentes idosos e começar a escrever o próximo livro".
 
In Correio da manhã
 
 
SÃO PAULO, SP, 24 de agosto (Folhapress) - Um grupo americano de auxílio a mulheres que sofrem violência doméstica planeja queimar cópias de "Cinquenta Tons de Cinza", segundo o jornal britânico "The Guardian".

De acordo com a publicação, as envolvidas acreditam que a obra de E.L. James erotiza a tortura sexual e funciona como "um manual de instrução para um indivíduo abusivo praticar tortura sexual com uma jovem vulnerável".

Nos cartazes do protesto, o grupo ironiza o título do best-seller, trocando-o por "Cinquenta Tons de Abuso".

Clare Phillipson, diretora da Wearside Women in Need, instituição que auxilia vítimas de violência doméstica, disse que estava esperando por "um ícone feminista atacar esse lixo misógino". Como ninguém se manifestou, ela decidiu agir por conta própria.

O livro erótico "Cinquenta Tons de Cinza" ("Fifty Shades of Grey"), da autora E.L.James, se tornou o romance britânico mais vendido de todos os tempos com 5,3 milhões de cópias vendidas no Reino Unido e quase 20 milhões no mundo todo, informou no início do mês a editora Cornerstone Publishing.

O romance inicia uma trilogia de erotismo que já se transformou um verdadeiro fenômeno literário mundial e que algumas editoras classificam como "pornô para mamães". A história gira em torno da relação entre o jovem e bem-sucedido empresário Christian Grey e Anastasia Steele, uma estudante de literatura.

"Será que as pessoas poderiam tentar reler o livro e pensar: 'Qual é a desse cara?'", questiona Phillipson sobre o comportamento de Christian Grey no livro. Ela teme que meninas de 13 e 14 anos, ao ouvir adultas elogiando a publicação, acreditem que as "coisas sexuais horríveis" que Christian faz com Anastasia são normais.

Segundo a diretora, a "mensagem subliminar" do livro reflete a clássica narrativa da violência doméstica, de que "você pode curar esse homem desanimado, que se você ama-lo o suficiente e aguentar os problemas dele, ele vai melhorar". "Essa mensagem é tão perigosa", alerta.

Segundo a editora Cornerstone Publishing, que faz parte da Random House, os outros dois livros da saga, "Cinquenta Tons Mais Escuros" e "Cinquenta Tons de Liberdade", já venderam 3,6 milhões e 3,2 milhões de cópias, respectivamente.

Lançado no Brasil pela editora Intrínseca -que em setembro deverá lançar "Cinquenta Tons Mais Escuros"-, o livro já foi traduzido para vários idiomas, entre eles chinês, russo, sérvio e vietnamita.

1 comentário:

  1. Buff, tremendo, as pessoas são loucas, foda-me, é como dizes, escrevem essas merdas para as pessoas comerem como animais.

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