O padre espanhol Andreas Garcia Torres (na foto, à direita), de 46 anos, disse que, para convencer os seus superiores da diocese de que não é gay, pediu-lhe quelhe medissem o seu ânus “para ver se está dilatado”.
Torres foi afastado da sua paróquia, na cidade de Fuenlabrada, perto de Madrid, sob a suspeita de ser homossexual por causa de uma foto que saiu na internet na qual ele e Yannick Delgado (também na foto), um seminarista de 28 anos de Cuba, estão abraçados e sem camisa. A foto foi tirada no ano passado no Santuário de Fátima, aqui em Portugal.
Torres afirmou ser vítima de calúnia. “Tenho uma amizade normal com este menino. Este foi o único dia que eu estive com ele. Tiramos uma foto de nós mesmos, sem camisas, e foi isso que deu origem à confusão.”
A diocese de Getafe exigiu que o padre fizesse exames para verificar se tem o vírus HIV e encaminhou-o para tratamento psiquiátrico. “O psiquiatra perguntou-me de forma humilhante se os meus pais me tinham estuprado quando era criança ou se eu os tinha visto a ter relações sexuais”, disse.
O padre afirmou confiar no diagnóstico da medição do ânus porque, segundo ele, trata-se de uma técnica cuja eficácia já foi provada em terapia de pessoas que deixaram de ser gays.
Até que rebentasse o escândalo, a comunidade gay acusava Torres de ser homofóbico porque ele tem textos na internet segundo os quais os homossexuais são “intrinsecamente maus e perversos”.
Delgado disse não saber quem colocou a foto na internet. “Ela estava no meu computador, e eu nem sequer a postei no Facebook”, disse. Ele considera o padre como “um pai adotivo”.
Os fiéis fizeram um abaixo assinado para que Torres volte à paróquia. O padre, que resistiu em entregar a chave da igreja, disse que se queixou diretamente ao Vaticano.
A diocese comunicou que Torres foi afastado por “problemas pastorais”.
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