terça-feira, março 01, 2011

Gestores públicos dos 17 por cento das empresas públicas que cumprem redução de custos sentem vergonha e nojo de si próprios



Das 93 entidades do Sector Empresarial do Estado, apenas 16 respeitaram a imposição de diminuir as despesas operacionais. Os 16 gestores que estão a cumprir a Lei do Orçamento do Estado para 2011 estarão mesmo a atravessar um conturbado período de crise existencial. “Não sei como é que isto foi acontecer. Como gestor público, sinto-me envergonhado. Já não sei mais quem sou e o que faço aqui. Fiz cortes de centenas de milhões de euros, pois reduzi as despesas em 15%. Os meus colegas das outras empresas públicas continuam a desperdiçar, não me falam e deixaram de ser meus amigos. Dizem que perdi a minha identidade e que deixei de ser fiel aos princípios que regiam a minha vida, pois agora faço uma gestão racional dos recursos financeiros. Quando me olho ao espelho, sinto uma enorme vergonha e ódio por mim próprio. Só me apetece é morrer”, lamentou um gestor público.

Jorge Henrique
In Inimigo Público

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