quinta-feira, fevereiro 28, 2013

LISBON OLD TOWN HOSTAL



Aberto desde Novembro de 2007, o Lisbon Old Town Hostel possui 10 quartos e 58 camas e está situado junto à Igreja do Chagas e do Elevador da Bica, num edifício pombalino construído em 1820, no qualesteve sediado o Consulado Britânico durante a II Guerra Mundial.
Originalmente construído para tornar-se residência oficial do embaixador suíço no início do século XVIII o palácio deste período, passou a ser hostel!



Fugida de casa no Intendente, numa manhã de chuva, apenas com uma mochila e o meu portátil, descobri o Hostal mais barato da cidade.


Cheguei encharcada como um pinto, nervosa e medrosa, com o objetivo de sentir-me o mais protegida possível. Efectuei a reserva na Farmácia Silva Pinto, onde trabalha a minha amiga Sónia, esclarecendo que estava a ser vítima de violência doméstica e ameaçada de morte pelo meu inquilino, que para além de ser dealer, não pagava o aluguel do quarto, nem as contas devidas.


Naquela Quinta-Feira dormi como não dormia há dois meses.


Na sexta-Feira comprei uma garrafa de moscatel, que bebi quase até ao final, na varandinha do Hostal.


Pouco tempo passou e conheci o Mad Men, que se encontrava igualmente hospedado no Hostal. Depressa nos tornamos "amigos", enquanto fumávamos na dita varanda.


Pelo o Hostal, passeava-se um dito Alexandre, que afirmava ás quatros paredes, que estava a estudava para ser cozinheiro em Oeiras. Não tinha dentes, cozinhava mal, era bastante desagradável e tinha a mania de engatar, da pior forma possível, todas as raparigas que estavam no Hostal.


Certo dia, imediatamente ao primeiro fim de semana, uma suíça, cujo nome não me recordo, pediu-me para estar presente na sala de jantar enquanto comiam com o dito "engatador sem dentes".Mad Men estava como sempre a costurar o seu casaco preto, enquanto eu apreciava o "teatro" gratuito. 
 

Estou há mais de dois meses, conheci muita gente (fresh meat, como costumo dizer quando chega alguém novo. Aliás, estou hospedada há tanto tempo , que os que chegam  ao Hostal pensam que trabalho aqui (suponho que sentem que estou muito familiarizada com o espaço e com o staff).
Passei aqui a passagem de ano, o meu aniversário e o carnaval, e se me tivessem deixado, teria passado aqui o Natal.


Conheci aqui a Kristina, uma alemã de origem romena ( que rapidamente nos tornamos amigas), conheci o Chris alemão, que numa mais deu sinais de vida, dois Franceses, que me salvaram a vida na mudança das minhas quinquelhisses (que enchiam um carro), e o Senhor Zé, que fez o grande favor, apesar de estar um pouco aborrecido, porque era muita coisa).

Há dois dias, apareceu aí um maluco alemão, que se passeou por aí de manta ( que fazia lembrar a farpela de cristo) e com um gorro posto, dizendo que assim absorvia melhor o calor no cérebro.

Com o pessoal que trabalha no Hostal “ganhei “uma nova família. A Ina é fantástica que tem muita piada e é boa amiga. A sara é uma querida e também boa amiga. O Chris é também boa pessoa e muito responsável. A Agné é simpática. A Vanessa e a Nilza são muito compreensivas. O João e o Senhor José são inacreditáveis.  

terça-feira, fevereiro 26, 2013

MADRINHA


OS AMIGOS DA SEVERA




Certo dia, o dono desta típica tasca, na Rua do Capelão - Mouraria em Lisboa, em frente à casa onde cresceu e viveu a fadista Severa, debateu-se com dois clientes já bastante bẽbados. que perguntavam se as follas de parra que decoravam o balcão era marijuana.
Pois o dito Senhor confirmou e um dos destes clientes enrolou o "produto" e fez um "charro". desta feita, ocorreu ao companheiro roubaro suposto "charro" como um "chico esperto", meteu.o no bolso e dirigiu-se a casa.
No dia seguinte, enquanto este dormia, a muller resolveu procurar algum dinheiro. no bolso das calças do marido e deparou com o suposto "charro", imediatamente começou a chamar-lhe drogado, quando afinal era um cigarro feito de folhas secas de parras.
Constato que é necessaŕio ser um ladrão mais inteligente.


Maria Severa Onofriana (Lisboa, 1820Lisboa, 30 de Novembro de 1846) foi uma cantora portuguesa de fado, considerada a mítica fundadora do fado, caracterizada pelos seus fados lisboetas. A Severa nasceu em Lisboa, no Bairro da Mouraria, em 1820. Era filha de Severo Manuel e Ana Gertrudes. A sua mãe era proprietária de uma taberna e tinha por alcunha "A Barbuda", devido à barba que tinha na cara. A Severa era uma prostituta alta e graciosa, que cantava o fado (especialmente numa taberna da Rua do Capelão). Teve vários amantes conhecidos, entre eles o Conde de Vimioso (Dom Francisco de Paula Portugal e Castro) que, segundo a lenda, era enfeitiçado pela forma como cantava e tocava guitarra, levando-a frequentemente à tourada.
Morreu de tuberculose a 30 de Novembro de 1846 na rua do Capelão, na Mouraria, em Lisboa, tendo sido sepultada no cemitério do Alto de S. João numa vala comum.
A sua fama ficou a dever-se em grande parte a Júlio Dantas cuja novela "A Severa" viria a originar uma peça levada à cena em 1901, bem como ao primeiro filme sonoro português realizado por Leitão de Barros em 1931. No filme Fados do realizador espanhol Carlos Saura ela é representada pela fadista Cuca Roseta.),
Pegámos na definição lata da expressão que actua como tema a ser incorporado no trabalho como a propriedade pública ou antes, o colectivo público. Foi Maria Severa, reza a lenda, que trouxe o fado às ruas, e é aqui que decidimos pegar para o nosso trabalho. Severa, do qual não existe nenhum registo de voz, diz-se ter sido a primeira pessoa a cantar os fados na rua e a elevar os seus problemas representando o povo, e a razão pela qual o fado se propagou até ao nível de entidade nacional que hoje é.A cena retratada procura ser uma recriação de um quadro de Malhoa, o quadro da Severa e num plano procurámos recriá-lo num registo mais contemporâneo, a ponto de suscitar um exercício de rememoração no espectador.















domingo, fevereiro 24, 2013

Cientistas afirmam que flatulência durante vôos tem efeitos positivos

Um grupo de médicos encontrou a resposta para um dilema que incomoda os passageiros aéreos desde que o avião foi inventado: soltar gases durante o voo.
A recomendação dos especialistas é um enfático ‘sim’, para alívio dos passageiros, embora para os tripulantes isso possa representar uma problema que coloca em risco a segurança a bordo.
Quando o gastroenterologista dinamarquês Jacob Rosenberg se viu cercado pelo malcheiroso problema numa viagem de Copenhaga para Tóquio, ele reuniu algumas das mentes mais brilhantes da área para tentar entender a questão.
O estudo realizado a partir disso concluiu que, ao contrário do que se pensa normalmente, o que faz a flatulência aumentar durante as viagens de avião não é o ar quente, e sim as mudanças de pressão no sistema digestivo, que produz mais gás.
O resultado foi uma profunda revisão da literatura científica sobre flatulência, olhando para questões sobre o por que os gases das mulheres têm cheiro pior que os dos homens (sim), o que causa o odor (enxofre) e qual é a média diária de gases eliminada por uma pessoa (10).
O principal, segundo o estudo publicado na Nova Zelândia, é que os passageiros deveriam ignorar o constrangimento e “libertarem-se sem problemas”.
“Segurar gases significa incovenientes para o indivíduo, como desconforto e até dor, inchaço e dispepsia (indigestão), só para listar alguns sintomas abdominais”, revelou o estudo.
“Além disso,os problemas causados pela concentração para manter o controlo pode resultar em subsequente stress”.
Os autores – cinco gastroenterologistas da Dinamarca e do Reino Unido – disseram que enquanto os passageiros podem ser maltratados pelos outros companheiros de viajem como resultado da sua decisão pessoal de se aliviar, os benefícios para saúde compensam os impactos negativos.
Por outro lado, os pesquisadores disseram que a tripulação enfrenta uma situação de perda total. ”Se o piloto segura os gases, todas as consequências previamente mencionadas, incluindo problemas de concentração, podem afetar as suas habilidades para conduzir o avião”, disseram os pesquisadores. ”Contudo, se ele soltar os gases, o seu copiloto será afetado pelo odor, o que também reduz a segurança no voo”.
Os autores relataram inúmeras soluções para o problema da flatulência durante voos, incluindo o uso de testes respiratórios de metano para identificar os passageiros flatulentos do vôo, mas rejeitaram a alternativa por ser pouco prática.
Eles notaram, contudo, que o tecido que cobre os assentos da classe económica absorve cerca de 50% dos odores porque são permeáveis ao gás, ao contrário dos assentos de pele da primeira classe.
Os cientistas sugeriram que as companhias aéreas melhorem essas propriedades de absorção dos odores nos assentos e ofereçam cobertores e calças para que os passageiros possam minimizar os efeitos da flatulência nas alturas.
“Nós propomos humildemente que carvão ativado, seja colocado nos assentos, já que é um material capaz de neutralizar o odor”, disseram.
“Além disso, o carvão ativado pode ser usado em calças e cobertores para potencializar o efeito”.

Gemidos altos melhoram a experiência sexual, diz pesquisa

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a mensagem.

klaus nomi

Klaus Nomi - Nomi Song 1982

La pintada Ibérica


"La noche del viernes 20 de Agosto de 2004 era mi despedida de mis amigos pues el domingo siguiente partiría para Lisboa en el inicio de mi periplo Erasmus. Unos días antes me había caído en la piscina y tenía la cadera hecha pedazos. Nos reunimos en casa de Dani Alex, Dani, Sara, Bea y yo, a tajarnos como hacíamos siempre. Lo que solíamos beber era whisky con coca-cola. Mientras bebíamos nos pusimos a jugar al trivial. Ibamos Alex y yo contra Dani, Bea y Sara.
 
La borrachera iba haciendo su efecto y provocaba que Alex y yo falláramos más de lo debido. Así que finalmente Bea, Dani y Sara nos ganaron la partida. Nos dispusimos a salir, Alex y yo íbamos más borrachos que una cuba. El destino era un garito de Huertas, en el centro de Madrid.
 
Nos tomamos unas cuantas copas más y la borrachera ya era de escándalo. En un corro con otros tíos Alex empezó a hablar en voz alta, delante de las chicas:
 
- Esta tía que veis aquí es una zorra, me la follo cuando quiero. Mira qué guarra que es, la muy puta - refiriéndose a Bea.
- Alex tío, cálmate - le dije, a pesar de mi estado etílico.
- Pero mira qué zorra es, qué puta.
 
Estábamos en la planta baja del garito y Alex se subió a la de arriba a darse una vuelta. Cuando bajó se cayó por las escaleras y se clavó la barandilla en el estómago. Ensangrentado y con los ojos encendidos se dirigió a nosotros.
 
- Puta mierda.
- Joder Alex, macho, ten cuidado - le comenté.
- Que te jodan.
 
Yo siempre he sido muy sensible a lo que acontece a mi alrededor. Y debido al alcohol en aquellos momentos no tenía una percepción correcta de la realidad. Entonces sucedió algo extraño. Era como si se me hubiese cruzado la personalidad con Alex. A partir de ahí empecé a comportarme como él y también me puse a hacer el chorra. Me coloqué delante de la barra y alargando el brazo por uno de los lados intentaba robar cualquier cosa. Iba borracho perdido. Entonces ocurrió que la camarera de detrás de la barra me vio y mi respuesta fue un movimiento brusco con el brazo para sacarlo de ahí. Entonces me golpeé con la esquina de la barra, sonó "crack!" y me había roto la clavícula. Aunque en aquel momento pensé que sería un golpe sin importancia, la realidad es que sí la tenía. Entonces las pocas luces que me quedaban me hicieron salir del local y pedirme un taxi de vuelta a casa.
 
A la llegada a casa intenté colocar mi brazo en una posición lo menos mala posible para poder dormir, pensando que al día siguiente se me pasaría el dolor. Pero no fue así. Al día siguiente me dolía incluso más. Pero no iba a sacrificar mi viaje Erasmus por una tontería así, pensé.
 
El día siguiente lo pasé en cama. Estaba hecho un cuadro, con la clavícula rota y la cadera hecha trozos. Pero necesitaba escapar de ese lugar, pensé, una vez más equivocadamente. No podía renunciar a mi periplo Erasmus. Con sólo salir de mi hogar ya se arreglarán los problemas, era lo que creía. Pero los problemas no iban más que a comenzar.
 
El domingo señalado, 22 de Agosto de 2004, salía mi autobús de Madrid a Lisboa. Era mi libertad, por fin, después de 21 años iba a poder experimentar la vida por mí mismo. Dormí poco en el viaje, debido en gran parte al dolor que sentía en el brazo. Me sentía el dueño del mundo. Llegué a Lisboa muy pronto por la mañana, aún no habían abierto el metro. Estaba sólo, con la clavícula rota y con la mochila de peregrino a las espaldas machacándome mi maltrecha clavícula. Era una situación extrema. Sin embargo, mi experiencia como peregrino me hizo avanzar sin mirar atrás. Fue así cómo después de mucho sufrimiento conseguí llegar a la Universidad. No había ni un alma. Debían ser las 8 de la mañana y lo único que veía era a la gente de seguridad. Estuve esperando, durmiendo sobre mi mochila, a la intemperie a que se fuese animando la gente. Por fin encontré el lugar señalado, el edificio de ciencias, para mi encuentro con la coordinadora Erasmus. Como no sabía qué hacer, saqué mi libreta de mi mochila y empecé a copiar teléfonos de posibles pisos en los que podría albergarme. Después de un rato, llegó Ana Paula, la coordinadora, y me reconoció al instante.
 
Me miró de arriba abajo y dedujo que yo era un estudiante Erasmus. Me llevó a su despacho y estuvimos charlando un rato. Me contó dónde impartían los cursos de portugués a los que quería apuntarme y allí fui. Me apunté al curso gratis de portugués que daban a los estudiantes Erasmus. A mi regreso encontré con Ana Paula a Kathrine y Unai, dos estudiantes Erasmus como yo que también venían al curso de portugués.
 
Después de presentarnos nos dirigimos a la oficina de gestión de las residencias universitarias. Ellos dos tenían plaza en una de las residencias, pero yo no porque hice los trámites de mi beca en el último momento. Esto me jodió bastante. Pero no podía hacer otra cosa. Desde Madrid me había reservado por internet una cama en la Pousada da Juventude de Lisboa y allí tendría que dirigirme después de asistir al curso de portugués. Kathrine, con toda la dedicación, me explicó dónde se encontraba dicho albergue. Ellos llevaban en Lisboa desde el domingo, al menos, y ya se habían movido un poco por la ciudad.
 
Resulta que cuando reservé por seis días el albergue estaba ya jodido de la cabeza. Pensé que tenía que enviar los datos de la Visa y me equivoqué y les envié los datos de la tarjeta de débito. Entonces les mandé otro mail con los datos de la Visa. Así pues, las personas al mando del albergue tenían los datos de mis dos tarjetas. Esto me provocó una preocupación añadida que más adelante explicaré.
 
Kathrine se fue a la ciudad a sacar sus cosas del albergue y llevarlas a la residencia. Unai y yo asistimos a la primera clase de portugués. Yo estaba realmente reventado. Pero estaba curtido en esas lides. Mi experiencia como alcóholico me proporcionaba un aguante sobrenatural.
 
Así pasamos la mañana. Por la tarde llegaron a la clase Kathrine y Andre, otro chico alemán.
 
Aún faltaba por llegar Alfonso, otro estudiante de Madrid. Al acabar las clases nos separamos y yo fui a recoger mis macutos para dirigirme al albergue donde iba a residir en los siguientes seis días. 6: el número del demonio. Cuando llegué al albergue estaba a punto de sucumbir. Entonces vi una gran cola a la puerta. Resulta que hasta las 4 no abrían. Esperé un tiempo y por fin pudimos entrar. Cuando llegué al mostrador me preguntaron si había hecho la reserva, les dije que sí pero no me hicieron firmar ningún papel. Me resultó extraño. Pero estaba demasiado cansado como para preguntar. Lo único que deseaba era llegar a mi cama y esperar que mi brazo dejase de dolerme. Llegué a la habitación y elegí cama pues no había nadie más. Esto también me resultó extraño pues en la habitación había 6 literas y una cama normal. Se supone que las habitaciones como mucho podían albergar a 6 personas. Otra vez el 6. Entonces ¿por qué había allí una cama extra? El dolor de mi brazo no me permitía pensar con claridad. Y sobre todo, me jodía que en la residencia hubiese una cama libre debido a que Alfonso no había venido aún.
 
En el albergue conocí a mucha gente. Viajeros de todo el mundo, de Holanda, de Brasil. Todos ellos con mucha pasta en el bolsillo. Yo les contaba que estaba allí comenzando mi periplo Erasmus. Los días transcurrieron sin mucho cambio. De 11 a 4 teníamos clase de portugués y después yo me dedicaba a llamar a los anuncios de habitaciones que había recopilado en la universidad. Hasta que al cuarto día no pude más y fui al hospital a que me miraran el brazo. Las noticias no fueron muy alentadoras: tenía la clavícula rota. Me vendaron como a una momia. Aún así yo no estaba por la labor de rendirme, tenía que seguir mi camino. Esa era la enseñanza que aprendí como peregrino en el camino de Santiago. Al día siguiente me presenté en el curso con todo el tronco vendado hasta el cuello y todos se quedaron flipados. Qué hace aquí este yonqui, se preguntarían. Sin embargo, yo seguía ahí como si nada.
 
Entonces Alfonso me dijo que su compañero de habitación se piraba justo la noche antes de que a mí se me acabara el albergue. Ni corto ni perezoso, decidí acoplarme a la residencia universitaria en calidad de okupa. Con el brazo en cabestrillo, era una situación extrema. Pero yo seguía ahí aguantando como un perro. Alfonso encontró un anuncio de una casa con 5 habitaciones. Era perfecto para los 5, pensó. Yo no estaba de acuerdo pues mi intención era impregnarme de cultura portuguesa, no de meterme en la burbuja Erasmus, pues pensaba que eso sería desperdiciar mi viaje. Además no me gustaban mis compañeros del curso de portugués, no estaba muy convencido de que una convivencia con ellos pudiese salir bien. Debido a este razonamiento, le dije a Alfonso que de momento yo decía no al piso que iban a alquilarse.
 
Pero las cosas no iban a suceder tan fácilmente. Resulta que debido a mi llamativo vendaje, en la residencia se pisparon que éramos 5 los que entrábamos y sólo tenían registrados a 4. Entonces lo primero que hicieron fue quitar las sábanas de una de las camas de la habitación que compartíamos Alfonso y yo. No hay problema, cogimos las sábanas de otra cama de la habitación que compartían Unai y André. Al día siguiente se asomó la encargada de la residencia a nuestra habitación. Estaba yo solo.
 
- ¿Cuantos estais en esta habitación?
- Dos - contesté sin ningún tipo de miramiento.
 
Entonces, cuando nos fuimos al curso, nos sacaron una cama de la habitación de Alfonso y mía. Ya era exagerado. Era la última noche que pasaríamos en la residencia, ya que estos al día siguiente se mudarían al piso que se habían alquilado. Esa noche dormí en el cuarto de Kathrine. Yo tenía más o menos apalabrada una habitación en un piso cerca de aquel en el que acabarían viviendo mis cuatro compañeros. Entonces sucedió algo. Ana Paula me ofreció una plaza en una de las residencias de la universidad. Pero volví a cagarla ya que aposté que todo saldría bien con la habitación que tenía apalabrada. Y no fué así.
 
Resulta que la dueña del piso con la que apalabré la habitación me pedía los 300 euros que costaban los dos primeros meses para el día siguiente. Con las tarjetas de mierda que me dio mi padre no conseguí sacar más que 190. No tenía más pasta. Para más inri, jodí una de mis tarjetas al meter la contraseña mal 3 veces seguidas. Estaba realmente jodido. Y sobre todo, me extrañaba que no me dejara sacar pasta el cajero. Mi mente comenzó a maquinar que posiblemente los del albergue habían podido tomar mis datos para hacer compras por internet. Todo esto después de haber dicho que no a una plaza en una residencia. Se me vino el mundo encima. Entonces lo que decidí, después de que la dueña del piso me dijera que no podía quedarme alli, fue llevar todos mis macutos al piso de los otros Erasmus, creyendo que no habría problema en que me quedase viviendo allí. Pensé que se alegrarían de encontrar al 5º ocupante. Los españoles sí que se alegraron. Pero no sucedió así con los alemanes. Dijeron que no, que no me podía quedar con ellos de forma definitiva. Que me quedase una semana de prueba y después decidirían. Por su puesto, me sentí como una mierda. Pero me lo había ganado a pulso después de tantos despropósitos.
 
Entonces me dije, sólo tengo que esperar y dejar que pase el tiempo. El resto de estudiantes Erasmus llegaría en pocos días y seguro que en ellos encontraría a alguien más afín a mi personalidad. Pero la presión acumulada iba surtiendo su efecto. La convivencia en el piso con los alemanes y los españoles se hizo horrible. Estaba allí como invitado, sin derechos. Una puta mierda vamos. Resulta que habían pedido a Ana Paula que buscase un 5º pasajero que no fuese ni español ni alemán. Me bajé con Unai varias veces a Lisboa. De los 4 era con quien mejor me llevaba, junto con André. Y así fueron pasando los días, hasta que llegó la fecha señalada como presentación Erasmus. Yo había vuelto al hospital y me habían quitado el vendaje. Ya estaba más presentable. Entonces conocí a Macarena, una chica de Granada que tiene un papel importante en este episodio.
 
Los días siguientes me desviví por todos mis compañeros Erasmus, ayudándoles a encontrar piso, ayudándoles en cualquier cosa. Yo no tenía piso aún, pero preocuparme por mí mismo era lo último que iba a hacer. Me recorrí Lisboa de arriba a abajo, mis compañeros se cachondeaban de mí diciendo que iba a montar una agencia inmobiliaria. La vida era agradable en esos días, yo ya me iba encontrando mejor y conectaba bastante bien con las tías Erasmus. Sobre todo me centré en las tías. Un día salimos Alfonso, Macarena y yo y me tajé a muerte. Me gustaba Macarena. Pero una vez más el alcohol fue mi perdición. Los días pasaban y llegamos a la fecha marcada como final de mi estancia en el piso de los alemanes y españoles.
 
Entonces ocurrió que mis compañeros de piso me ofrecieron quedarme con ellos. Y yo les dije que sí. Pero ya había hablado del tema con Macarena y fue ella la que me aconsejó que lo dejase. Sin tener aún piso, tuve los cojones de decir que no. Aquella noche salieron todos los Erasmus, pero yo no salí porque no me quedaba más pasta. Tenía que volver a Madrid para coger todas mis cosas y mudarme definitivamente. Entonces les dejé una carta a Unai, Andre, Kathrine y Alfonso que escribí, al lado de 100 euros por los 12 días que había pasado con ellos. La carta decía resumidamente más o menos esto, en un inglés muy correcto:
 
"Es difícil para mí escribir en esta lengua, pues viene de un lugar demasiado alejado de donde yo procedo. Pero he pensado que era lo mejor, para que todos pudieseis entenderme. La convivencia se ha hecho muy dura en estos días y esto me ha llevado a decidir no quedarme con vosotros. Creo que os equivocáis con lo de no aceptar ningún español o alemán. Cada persona es única y os estáis perdiendo mucho limitando la llegada de personas de estos países. ¿Queréis que os diga de dónde vengo yo? Puede que en mi carnet de identidad ponga que soy español, pero realmente vengo de ninguna parte."
 
Me fui a acostar y a la mañana siguiente me encontré un cuadro que no veas. André y Unai estaban llorando en la cocina. Se habían llevado un susto de muerte. Se creían que me había ido a la puta calle. Macarena aquella noche se enrolló con Alfonso y durmieron juntos. Me jodió. Hablé con André y le dije que se fuera a dormir; que no pasaba nada, que sólo quería expresarles mis sentimientos, para que entendieran por qué había decidido no quedarme allí. Lo entendieron.
 
Resulta que después de todo este episodio mi mente maníaca empezó a dar vueltas de forma imparable. Había pasado demasiada presión. Un país nuevo. Gente nueva. Mi clavícula rota. Una convivencia extrema. Demasiado para mi joven mente. Macarena estaba hospedada en el piso de unos gays hasta que encontrase otro piso en el que quedarse definitivamente. Entonces conocí a Josep, otro estudiante Erasmus de Barcelona que también estaba residiendo allí y llevaba ya 2 meses en Lisboa trabajando en una empresa.
 
Josep tenía apalabrado un piso cerca del Bairro Alto, que es una zona céntrica de Lisboa. Macarena y yo quedamos con él y fuimos a verlo. Resulta que sólo podían entrar en el piso 2 más. Entonces dije: "Ellos van antes", refiriéndome a Macarena y Josep. En mi mente estaba la idea de ocupar la habitación de Josep en el piso de los gays cuando este se mudase. Como el Quijote, quería deshacer tuertos. Así se lo dije a Josep: "Cuando te vayas a mudar dile a tu casero que voy yo, así quedas de puta madre".
 
El lugar en el que estaban residiendo Josep y Macarena hasta ese momento era un sexto piso sin ascensor. Era un piso totalmente bohemio y pensé que sería interesante la convivencia con gays. Así que apalabré con el dueño de ese piso que a mi regreso de Madrid me interesaría albergarme allí.
 
A mi vuelta a España estaba totalmente necesitado de alcoholizarme. Después de todo lo que me había pasado sólo tenía ganas de emborracharme para olvidar. Les conté a mis amigos cómo había pasado esos días en Portugal. Sin embargo, mi forma de actuar era especial. Estaba en pleno apogeo de mi fase manía. Pensaba que todos los españoles eran fascistas, sólo por el uso que hacían del lenguaje. Así pues empecé a llamarles a todos fascistas, a mi padre y a mi hermano, a mis amigos, a todo el mundo que me encontraba.
 
Otra de las cosas que había venido a hacer a Madrid era anular mis tarjetas, que tanto quehacer me habían causado. Pensaba que me habían robado los del albergue. Las piezas encajaban. Yo no podía sacar pasta, les había dado los datos de las dos tarjetas, y los del albergue eran nazis. Antes de volverme a Madrid le dije a Ana Paula: "La gente del albergue es mala", refiriéndome sobre todo a su ideología neonazi.
 
En casa les dije a mis padres que si querían me quedaba en Madrid, renunciaba a la beca y todo eso. Al principio me dijeron que cómo iba a dejar la beca. Entonces explotó mi locura. Les dije las cosas claras, lo mucho que me habían jodido la vida. Me notaron especialmente tenso. Empecé a insultarles y a llamarles de todo. Tenía demasiado rencor guardado en mi interior. Entonces me dijeron que no me fuese, que me quedase en Madrid. Eso era lo que estaba esperando, que se sincerasen conmigo, que se quitasen el disfraz. Y entonces les dije: "¿Como? Así que no queréis que me vaya, eh? Dejad de joderme la vida!!!". Lo siguiente que me dijeron fue ir a consultar a un especialista. Entonces mi respuesta fue: "Yo no estoy loco!!!". Finalmente me salí con la mía y me dejaron partir para Portugal. Pero ya estaba demasiado jodido.
 
Antes de regresar a Portugal, llamé a Macarena y le dije que me gustaba. Le dije también que mi vida era una mierda. Otra vez más no supe esperar a que los acontecimientos se sucedieran como es debido. Mi fracaso con las mujeres era total.
 
Regresé a Lisboa sólo y con la cabeza llena de pájaros. Llamé al dueño del piso de los gays y le dije que si tenía sitio. Me dijo que sí y allí me metí. No había dormido prácticamente nada en el viaje. Estaba eufórico. Nada más llegar le dije a Macarena que desde pequeñito toda la gente me había pegado. Naturalmente esto le hizo alejarse de mí. Cuando las cosas te van bien todo el mundo se te acerca, pero cuando te van mal eso ya es otra cosa. Entonces entré en depresión total. No supe aceptar el rechazo de Macarena, aunque la realidad es que ni siquiera le di tiempo a que me rechazara, fui yo sólo el que asumió su alejamiento temporal como un rechazo. En el piso de los gays me pasaba las tardes charlando con mis compañeros de piso, con Alberto, uno de los dueños, un tío muy majo, y unas chicas francesas.
 
- Pienso que una de las razones de que el español no se hable más en todo el mundo es la pronunciación de la r doble – comenté una de mis originales ideas – en portugués, por ejemplo, la gente pronuncia la r como le sale de los cojones, unas veces como en francés, otras como en español.
- Interesante – me comentó Alberto.
- Y luego los padres que llevan a los niños que no pronuncian bien la r a los logopedas, como Macarena – proseguí con mi ideología hiper-crítica con todo lo español. Macarena estudiaba para logopeda.
 
Otra cosa que recuerdo de lo que le comentaba a Alberto es esto:
 
- Las personas no somos máquinas, seguimos siendo animales – expuse con mi grandilocuencia característica.
- Sí, todos cagan, ¿no? – me apoyó Alberto.
- Y después, ¡se tienen que limpiar! – Alberto estalló en carcajadas.
 
Los días siguientes los pasé bastante mal. Recuerdo a un portugués que me vio en la universidad y me dijo en correcto castellano: "Espero que todo te vaya bien aquí". Entonces conocí a Andreu, un amigo de Josep, que había venido a conocer Lisboa. Le acompañé en sus viajes turísticos y le contaba todo lo que me venía a la cabeza, que eran muchas cosas. Creía que el fascismo había sido demasiado cruel con nuestra querida Iberia. Que los verdaderos artistas de nuestra patria acababan o en la droga o en los psiquiátricos. Yo estaba muy afectado por los atentados del 11-M en Madrid y pensaba que la península ibérica sigue teniendo mucha influencia árabe, a pesar de todo. Andreu me escuchaba pacientemente mientras caminábamos por Lisboa.
 
Cuando Andreu volvió para Barcelona me quedé como Don Quijote sin su Sancho Panza. La soledad me hizo enloquecer. Creía que me querían matar por ser uno de los pocos que había encontrado la verdad. Como al Ché, a García Lorca o a Victor Jara, antes que yo. Empecé a creer que yo era como ellos, un luchador por las buenas causas, un luchador contra el fascismo. Y se me piró la pinza. Lo que decidí fue comprarme una botella de whisky y dar rienda suelta a mis pensamientos extravagantes. Entré en un museo y escribí todo lo que tenía dentro de mi alma, que fue agradecer a todas las personas que había conocido el haberme librado de la locura. Pero quizás ya era demasiado tarde. Al salir del museo vi a dos personas entrar portando lo que mis alucinaciones me hicieron creer armas de fuego. Salí de allí y me dirigí a la parada de taxis más cercana. Al puente del 25 de Abril, le dije al chofer. Y allí me dejó. Con mi botella de whisky, mi mochila y mis alucinaciones.
 
En aquellos momentos toda mi vida pasaba por delante de mis ojos. Intentaba encontrar una explicación a mi sufrimiento. Pero sólo encontraba razonamientos extraños. Me empecé a creer un Mesías e hice una cruz bajo el puente. Me seguí tajando a muerte. Ya iba ciego perdido cuando me encontré a un tren en frente mío, a punto de arrollarme. Iba con 3 portugueses que no sé lo que estaban haciendo allí. Sin embargo, llevaban una furgoneta de lo que podía ser el Samur portugués. Después del episodio del tren seguí emborrachándome a muerte. Pero ahora a mis alucinaciones se añadió una manía persecutoria. Seguí caminando y emborrachándome. Lo poco que recuerdo es ver a unos tíos peleándose en la calle y un tío que me dejó su coche para pasar la noche. En el interior del coche había un blog de redacciones hechas por otros Erasmus. Algo así como las pautas para una revolución cultural en el seno de la Unión Europea, pensé. Demasiado para mi joven mente. Empecé a hablar sólo creyendo que me estaban escuchando desde algún sitio. Empecé a dar las gracias a todos los genios que me habían iluminado. Más que nunca, me creía un Mesías. Intenté arrancar el coche en vano. Quité el freno de mano y el coche se deslizó un poco hacia abajo. Un tranvía pasaba una y otra vez. Uno de los conductores se bajó a ver qué pasaba, pues el coche estaba metido un poco en la carretera. Yo lo que quería era que me ayudase a arrancarlo, pero no encontraba las llaves por ningún lado.
 
Poco antes de amanecer abandoné el coche. Me puse a caminar descalzo por los adoquines de Lisboa. En un árbol en frente del coche encontré un palo de madera que utilicé como bastón. Así seguí caminando hasta que encontré un parque. Allí me puse a meditar sobre lo que me estaba sucediendo. Me columpié un rato. Una señora pasó con sus niños. Asustada, se alejó rápidamente. Al rato volví a caminar. En una calle amplia encontré a un policía y le dije que me habían robado. Le pregunté por el hospital. Me acompañó a coger un taxi. Pero yo quería seguir mi vía crucis particular. Así que al taxista le dije que me llevase hasta Oriente, que es donde hicieron la expo del 98. Cuando llegamos me puse a beber zumo de naranja de forma exagerada en un chiringuito que encontré, la gente se paraba cuando me veía y se quedaba flipando. Cuando me quedé sin fuerzas me dirigí a la comisaría más cercana, dentro de un centro comercial de allí. Me cogieron un taxi y me llevaron al hospital.
 
En el hospital lo primero que dije fue que tenía miedo de las personas. Pero no me hicieron mucho caso. Lo que entendí después es que dejaron que mi locura llegase hasta el final. Me dieron cita para ir al día siguiente a hablar con un psicólogo y posteriormente con un psiquiatra. Los policías fueron a mi casa, a la casa de los gays y vinieron las dos chicas francesas a recogerme. Pero yo seguía estando fuera de mí. En cuanto abandonamos el hospital empecé a pedir zumo de naranja y me marché. Las dos chicas me dejaron irme, creyendo que iría a por zumo de naranja y volvería pronto. Pero no fue así. Llegué hasta una gasolinera y me compré un par de botellas de Sunny Delight. Después de bebérmelas dentro de la gasolinera, empecé a vomitarlo. La dependienta me insultó un poco y salí de allí.
 
Lo siguiente que hice fue llamar a los telefonillos de unos edificios que encontré. Quería hablar con Einstein. Después descubrí el número de Dios, el 0. Mi mente perturbada dedujo que nuestros nombres eran números en realidad y que cada uno de nosotros tenía un número asignado. Los números auténticos eran del 1 al 6. El 0 era el número de Dios. A partir del 7 eran una invención moderna para cuadrarlos hasta el número 10, y así se obtenía el sistema decimal.
 
Seguí caminando y entré en el estadio del Sporting de Lisboa. Estaba como una puta cabra, fuera de mí. Empecé a vaciar los extintores. Poco después se activó la alarma anti-incendios y comenzó a caer agua del techo. Me pegué una ducha y cerré los ojos. Entonces creí ver a la santísima Trinidad. Nunca había estado tan cerca de Dios, pensé. A continuación aparecieron unos policías con malas pintas que empezaron a cascarme. Yo me acurruqué como si fuese el cordero de Dios que quita el pecado del mundo y dejé que me pegaran. Por fin llegó otro policía con mejor aspecto que me preguntó si quería denunciar a los otros policías que me habían pegado. Le contesté que no, que no quería denunciarles.
 
Me llevaron a una comisaría cercana y me preguntaron mis datos. Al final revelé mi auténtica identidad y el lugar donde me hospedaba en Lisboa. Entonces vinieron el casero y dos compañeros de piso. Me trajeron ropa para que me cambiase. Pero mi locura seguía a flor de piel. Primero fui a un psiquiátrico un poco extraño, la enfermera que me atendió llevaba una carta. Nunca sabré lo que contenía. Me hicieron algunas radiografías, yo seguía dándole vueltas al coco y me creía una especie de Terminator al que habían implantado el cerebro de Jesucristo, conservado durante dos milenios en recipientes llenos de whisky.
 
Finalmente me sacaron de allí porque no me correspondía aquel hospital. Me llevaron a otro hospital y yo seguía ahí haciendo mi revolución particular. La médico que me atendió me preguntó por qué hacía todo aquello y le contesté que lo hacía por las mujeres del mundo. Poco después aterricé en lo que me estaba sucediendo, resulta que me estaban encerrando. Entonces enloquecí más si cabe. Me quería escapar. Pensaba que me querían lavar el cerebro. No estaba tan lejos de la realidad. Empecé a decir que era el hijo de Johnny Depp y me creía un indio mohicano. Me puse a aullar como hacen los indios, uuh uuuh uuuh uuh uuh. Por fin me metieron unos cuantos chutes y me llevaron al psiquiátrico.
 
Tengo vagos recuerdos de lo que sucedió después pero tampoco es tan importante. Drogado completamente vinieron mis padres a verme. Charlé con el psiquiatra y le conté mi rollo revolucionario. Y empecé a escribir poesía. Arrojé un poco de luz dentro de aquel lugar. En total, estuve 2 semanas en el psiquiátrico. Después de aquello volví a Madrid y estuve un largo tiempo con una depresión brutal. Pero ahora veo todo aquello como un renacer que tuve."
 
 
Madrid, 1 de Noviembre de 2005.