sexta-feira, setembro 30, 2011

O MEU BLOG


DESCOBRI HÁ POUCOS MINUTOS, QUE BATI UM RECORDE DE VISITAS DO MEU BLOG. NUNCA TINHA TINHA TINHA CHEGADO A PORÇÃO DESTA NATUREZA. 
1832 REGISTOS NO MÊS DE SETEMBRO, COM 3027 PÁGINAS VISTORIADAS. 

NÃO RESISTI EM FAZER AS CONTAS, E DÁ UM MÉDIA DE 61 E UMA PESSOAS POR DIA. OBVIAMENTE, QUE É SÓ UMA MÉDIA, E A PUBLICAÇÃO A BOITE PRIVADA - CAIS DO SODRÉ, PERMANECE A SER A MAIS VISITADA.


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sexta-feira, setembro 23, 2011

Amy Winehouse - You Know I'm No Good




Meet you downstairs in the bar and heard
Your rolled up sleeves in your skull T-shirt
You say "why did you do it with him today?"
And sniffed me out like I was Tanqueray
'Cause you're my fella, my guy
Hand me your Stella and fly
By the time I'm out the door
You tear me down like Roger Moore
I cheated myself
Like I knew I would
I told you I was trouble
You know that I'm no good
Upstairs in bed with my ex-boy
He's in a place, but I can't get joy
Thinking on you in the final throes
This is when my buzzer goes
Run out to meet your chips and pitta
You say when "we're married",
'Cause you're not bitter
"There'll be none of him no more"
I cried for you on the kitchen floor
I cheated myself
Like I knew I would
I told you I was trouble
You know that I'm no good
Sweet reunion, Jamaica and Spain
We're like how we were again
I'm in the tub, you on the seat
Lick your lips as I soak my feet
Then you notice a likkle carpet burn
My stomach drop and my guts churn
You shrug and it's the worst
Who truly stuck the knife in first
I cheated myself
Like I knew I would
I told you I was trouble
You know that I'm no good
I cheated myself
Like I knew I would
I told you I was troubled
Yeah, you know that I'm no good

CALÇAS DESCAÍDAS




Esta tendência nasceu nas prisões dos Estados Unidos, em que os reclusos que estavam receptivos a manter relações sexuais com outros presos precisaram inventar um sinal que passasse despercebido aos guardas prisionais para não sofrerem consequências... Por isso, quem usasse calças caídas abaixo da cintura, de modo a mostrar parcialmente as nádegas, demonstrava que estava disponível... 

JÚLIO RESENDE





‎"... Mas eu queria, efectivamente, ser pintor! Talvez o destino me tenha proporcionado o primeiro passo. Comprei a primeira caixa de tintas a sério, e aprendi a colocar as cores na paleta, segundo as boas regras.

A acumulação de pastas e blocos de desenhos, registos de vivências (quantas!) despertaram em mim o imperativo de uma reflexão desapaixonada quanto ao destino a dar a tais registos. A distância do tempo e do espaço permitiu-me julgar a consistência de um material face a uma trajectória que me recaía por obscuras leis e nada teve de doloroso da minha parte a destruição de grande quantidade desses desenhos; seria disso testemunha a velha mufla de aquecimento do atelier, se ela falasse....A consciência mais aliciada levou-me a verificar que as hesitações de percurso uma vez eliminadas, tornavam mais claro o referido trajecto que, iniciado nos anos 30 cobriam 60 anos nos quais a dominante expressionista respondia necessariamente à minha, natureza de homem. Confesso que na minha mente era consistente o desejo de manter o conjunto íntegro, e isso bastava-me.

Que o Desenho seja entendido no seu mais amplo sentido. Não apenas restrito às Artes-Plásticas mas a todas atitudes criativas do Homem. Não é monopólio de qualquer época nem de qualquer sociedade.O Desenho é expressão de um consciente que o particulariza" 

BOITE PRIVADA - CAIS DO SODRÉ 2



Há sensivelmente dois anos, fui com um amigo, à Boite Privada no Cais do Sodré. 

Instigado por vários colegas de trabalho, esse amigo, referia, incansavelmente, que "estava cheio de divorciadas trintonas, mulheres maduras e boazonas", mencionando que, o mesmo se passava com o género masculino.


A decoração fazia lembrar um navio cruzeiro para turistas seniores. Outrora existia no mesmo local um Bingo e assim foi mantida a decoração, exceptuando a criação de duas pistas de dança, em salas separadas. 


Na zona dos não fumadores observava-se a pista maior e mais popular. A outra sala, era mais pequena e estabelecida como zona de fumadores. Menos frequentada, com bancos para descansar e/ou conversar e mesas de apoio, com a nítida vantagem para colocar copos e cinzeiros. Nesta pequena sala a música era mais nostálgica, passando por temas dos anos 80 e 90 (Ao invés da maior pista, que proporcionava música mais actual pimba).

Se observarmos 10 minutos, rapidamente percebemos que a maioria são casais. Os restantes frequentadores, pelo contrário, não têm parceiro e “vão ali tentarem a sua sorte”.

Os casais dançam, os que não tem parceiro, rapidamente arranjam, num movimento de toque, de palavras ditas ao ouvido, de corpos que se movem ao som da música pimba ou não.

Experimenta-se um ou outro parceiro e muitos saem em companhia para suas casas.



Na altura considerei e ainda considero que foi uma experiência excepcional e como estreante uma prova fundamental na história da minha vida.


Constato que este texto é um dos mais lidos no meu blog e não resisto em deixar aqui registado o último comentário:
"boa tarde pessoal o privado é o maior foi lá que conheci uma boazona a elizabete enquanto o marido dela está preso eu vou vivendo á grande" 



terça-feira, setembro 20, 2011

ALUNAS


APESAR DE NÃO POSSUIR ABSOLUTAMENTE NENHUM GOSTO EM SER PROFESSORA E DE ACHAR QUE O VIDEO OFERECIDO PELAS MINHAS ALUNAS É UM POUCO LAMECHAS, COM A AGRAVANTE DE SER UMA DISCIPLINA COMPLETAMENTE CHATA, TENHO QUE ADMITIR QUE POSSO NÃO TER VOCAÇÃO, MAS POSSO "TOCAR" AS PESSOAS E ENSINAR-LHES ALGO, MESMO QUE ASSIM NÃO O SINTA.

CHEGUEI A MADRID

A VISITA DO GUALDINO












AH, AH, AH, AH, AH, AH!

INFÂNCIA

domingo, setembro 18, 2011

PENA QUE TENHA QUE SER CÍNICA




Só me sinto valiosa, por ser quem sou, posso aceitar-me, posso ser autêntica, posso ser verdadeira.

CAMINHO


O único medo que eu gostaria de sentir antes de uma mudança é de ser incapaz de mudar com ela, acreditar  que estou ligada ao passado, seguir em frente e permanecer igual.






Adelante




Toda vez que algo vai embora, deixa espaço para o que se segue.

DUELO (LUTO) - JORGE BUCAY



"Jamás te persigas creyendo que ya deberías sentirte mejor. Tus tiempos son tuyos. Recordá que el peor enemigo en el duelo es no quererse."



¿QUIÉN ERES? - JORGE BUCAY



Había estado trabajando muy duro conmigo mismo. Guiado por mi terapeuta y alentado por mi deseo de descubrir todo sobre mi persona, me pasaba gran parte de mi tiempo libre meditando sobre los hechos de mi vida, mis sentimientos actuales o antiguos, mis recuerdos y como había aprendido de Jorge en ese “darse cuenta” que cada vez me sorprendía más. Pero no todo eran rosas. Algunas ideas que habitaban mi mente y sobre todo, algunas emociones que me desbordaban me dejaban triste y derrumbado.

Así fui al consultorio el día que Jorge me leyó su versión del cuento de Giovanni Papini: ¿Quién eres? Por aquel entonces yo me quejaba de la gente. No sabía qué pasaba, pero me parecía que los demás no eran confiables; yo no sabía si era yo el que hacía siempre malas elecciones de las compañías, o la gente era diferente de lo que yo esperaba...

El caso es que siempre me sorprendía esperando a alguien que nunca llegaba, o cancelando programas a último momento porque alguien no había previsto no sé qué, o las más de las veces esperando eternamente en lugares de cita a amigos que por ninguna razón estaban dispuestos a llegar a la hora pactada...

Y este es el cuento que mi terapeuta me leyó:

Aquel día Sinclair se levantó como siempre a las 7 de la mañana. Como todos los días, arrastró sus pantuflas hasta el baño y después de ducharse se afeitó y se perfumó. Se vistió con ropa bastante a la moda, como era su costumbre y bajó a la entrada a buscar su correspondencia. Allí se encontró con la primera sorpresa del día: ¡No había cartas!

Durante los últimos años su correspondencia había ido en aumento y era una parte importante de su contacto con el mundo. Un poco malhumorado por la noticia de la ausencia de noticias, apuró su habitual desayuno de leche y cereal (como recomendaban los médicos), y salió a la calle.

Todo estaba como siempre: los mismos vehículos de siempre transitaban las mismas calles y producían los mismos sonidos en la ciudad, que se quejaba igual que todos los días. Al cruzar la plaza casi tropezó con el profesor Exer, un viejo conocido con quien solía charlar largas horas sobre inútiles planteos metafísicos. Lo saludó con un gesto, pero el profesor pareció no reconocerlo; lo llamó por su nombre pero ya se había alejado y Sinclair pensó que no había alcanzado a escucharlo.

El día había empezado mal y parecía que empeoraba con las posibilidades de aburrimiento que flotaban en su ánimo. Decidió volver a casa, a la lectura y la investigación, para esperar las cartas que con seguridad llegarían aumentadas para compensar las no recibidas antes. Esa noche, el hombre no durmió bien y se despertó muy temprano. Bajó y mientras desayunaba comenzó a espiar por la ventana para esperar la llegada del cartero. Por fin lo vio doblar la esquina, su corazón dio un salto. Sin embargo el cartero pasó frente a su casa sin detenerse. Sinclair salió y llamó al cartero para confirmar que no había cartas para él. El empleado le aseguró que nada había en su bolso para ese domicilio y le confirmó que no había ninguna huelga de correos, ni problemas en la distribución de cartas de la ciudad.

Lejos de tranquilizarlo, esto lo preocupó más todavía. Algo estaba pasando y él debía averiguarlo. Buscó una chaqueta y se dirigió a casa de su amigo Mario. Apenas llegó, se hizo anunciar por el mayordomo y esperó en la sala de estar a su amigo, que no tardó en aparecer. El hombre avanzó al encuentro del dueño de casa con los brazos extendidos, pero este se limitó a preguntar:

—Perdón señor, ¿nos conocemos?

El hombre creyó que era una broma y rió forzadamente presionando al otro a servirle una copa. El resultado fue terrible: el dueño de casa llamó al mayordomo y le ordenó echar a la calle al extraño, que ante tal situación se descontroló y comenzó a gritar y a insultar, como avalando la violencia del fornido empleado que lo empujó a la calle...

Camino a su casa, se cruzó con otros vecinos que lo ignoraron o actuaron con él como si fuera un extraño. Una idea se había apoderado del hombre: había una confabulación en su contra, y él había cometido una extraña falta hacia aquella sociedad, dado que ahora lo rechazaba tanto como algunas horas antes lo valoraba. No obstante, por más que pensaba, no podía recordar ningún hecho que pudiera haber sido tomado como ofensa y menos aun, alguno que involucrara a toda una ciudad.

Durante dos días más, se quedó en su casa esperando correspondencia que no llegó o la visita de alguno de sus amigos que, extrañado por su ausencia, tocara su puerta para saber de él; pero no hubo caso, nadie se acercó a su casa. La señora de la limpieza faltó sin aviso y el teléfono dejó de funcionar. Entonado por una copita de más, la quinta noche Sinclair se decidió a ir al bar donde se reunía siempre con sus amigos, para comentar las pavadas cotidianas. Apenas entró, los vio como siempre en la mesa del rincón que solían elegir. El gordo Hans contaba el mismo viejo chiste de siempre y todos lo festejaban como era costumbre. El hombre acercó una silla y se sentó. De inmediato se hizo un lapidario silencio, que marcaba la indeseabilidad del recién llegado. Sinclair no aguantó más:

— ¿Se puede saber qué les pasa a todos conmigo? Si hice algo que les molestó, díganmelo y se terminó, pero no me hagan esto que me vuelve loco...

Los otros se miraron entre sí entre divertidos y fastidiados. Uno de ellos hizo girar su índice sobre su sien, diagnosticando al recién llegado. El hombre volvió a pedir una explicación, luego rogó por ella y por último, cayó al suelo implorando que le explicaran por qué le hacían eso a él. Sólo uno de ellos quiso dirigirle la palabra:

—Señor: ninguno de nosotros lo conoce, así que nada nos hizo. De hecho, ni siquiera sabemos quién es usted...

Las lágrimas comenzaron a brotar de sus ojos y salió del local, arrastrando su humanidad hasta su casa. Parecía que cada uno de sus pies pesaba una tonelada. Ya en su cuarto, se tiró en la cama. Sin saber cómo ni por qué, había pasado a ser un desconocido, un ausente. Ya no existía en las agendas de sus corresponsales ni en el recuerdo de sus conocidos y menos aún en el afecto de sus amigos. Como un martilleo aparecía un pensamiento en su mente, la pregunta que otros le hacían y que él mismo se empezaba a hacer: ¿Quién eres?

¿Sabía él realmente contestar esta pregunta? Él sabía su nombre, su domicilio, el talle de su camisa, su número de documento y algunos otros datos que lo definían para los demás; pero fuera de eso: ¿Quién era, verdadera, interna y profundamente? Aquellos gustos y actitudes, aquellas inclinaciones e ideas, ¿eran suyos verdaderamente? ¿o eran como tantas otras cosas: un intento de no defraudar a otros que esperaban que él fuera el que había sido? Algo empezaba a estar claro: el ser un desconocido lo liberaba de tener que ser de una manera determinada. Fuera él como fuera, nada cambiaría en la respuesta de los demás. Por primera vez en muchos días, encontró algo que lo tranquilizó: esto lo colocaba en una situación tal, que podía actuar como se le ocurriera sin buscar ya la aprobación del mundo.

Respiró hondo y sintió el aire como si fuera nuevo, entrando en los pulmones. Se dio cuenta de la sangre que fluía por su cuerpo, percibió el latido de su corazón y se sorprendió de que por primera vez NO TEMBLABA.

Ahora que por fin sabía que estaba solo, que siempre lo había estado, ahora que sabía que sólo se tenía a sí mismo, ahora... podía reír o llorar... pero por él y no por otros. Ahora, por fin, lo sabía:

SU PROPIA EXISTENCIA NO DEPENDÍA DE OTROS

Había descubierto que le fue necesario estar solo para poder encontrarse consigo mismo... Se durmió tranquila y profundamente y tuvo hermosos sueños... Despertó a las diez de la mañana,descubriendo que un rayo de sol entraba a esa hora por la ventana e iluminaba su
cuarto en forma maravillosa. Sin bañarse, bajó las escaleras tarareando una canción que nunca había escuchado y encontró debajo de su puerta una enorme cantidad de cartas dirigidas a él. La señora de la limpieza estaba en la cocina y lo saludó como si nada hubiera sucedido. Y por la noche en el bar, parecía que nadie había registrado aquella terrible noche de locura. Por lo menos, nadie se dignó a hacer algún comentario al respecto.

Todo había vuelto a la normalidad... Salvo él, por suerte, él, que nunca más tendría que rogarle a otro que lo mirara para poder saberse... él, que nunca más tendría que pedirle al afuera que lo definiera... él, que nunca más sentiría miedo al rechazo... Todo era igual, salvo que ese hombre nunca más se olvidaría de quién era.

—Y este es tu cuento, Demián –siguió el gordo—. Cuando no tienes registro de tu dependencia frente a la mirada de los otros, vives temblando frente al posible abandono de los demás que, como todos, aprendiste a temer. Y el precio para no temer es acatar, es ser lo que los demás, “que tanto nos quieren”, nos presionan a ser, nos presionan a hacer y nos presionan a pensar.

Si tienes “la suerte” del personaje de Papini y el mundo, en algún momento, te da la espalda, no tendrás más remedio que darte cuenta de lo estéril de tu lucha. Pero si no sucede así, si tienes la “desdicha” de ser aceptado y halagado, entonces... estás abandonado a tu propia conciencia de libertad, estás forzado a decidir: acatamiento o soledad; estás atrapado entre ser lo que debes ser o no ser nada para nadie. Y de allí en más... podrás ser, pero sólo, sólo y sólo para ti.

—Tú, Demi, puedes elegir lo que quieras, pero no puedes ser independiente para lo que es más fácil y agradable, y no serlo en lo que es más costoso. Tu criterio, tu libertad, tu independencia y el aumento de tu responsabilidad vienen juntos con tu proceso de crecimiento. Tú decides ser adulto o permanecer pequeño.

DOS NÚMEROS MENOS - JORGE BUCAY



Esa tarde venía con un tema preparado: quería seguir hablando sobre el esfuerzo. Cuando lo hablamos en el consultorio me pareció bastante razonable; pero a la hora de poner en práctica lo aprendido, me resultaba imposible ser coherente con lo que en teoría sonaba tan deseable.

—Siento que definitivamente no puedo vivir sin hacer, de vez en cuando por lo menos, algunos esfuerzos. Es más, la verdad, me parece imposible que alguien, cualquiera, pueda hacerlo.

—En algo tienes razón –me dijo el gordo—. Yo me he pasado gran parte de mis últimos veinte años intentando ser fiel a mi ideología y no siempre con éxito. Creo que a todos les debe pasar lo mismo. La idea del “no—esfuerzo” es un desafío, una práctica, una disciplina. Y como tal, requiere de entrenamiento.

—Al principio a mí también me parecía imposible –siguió— ¿qué iban a pensar los demás de mí, si no iba a esa reunión?, ¿si no los escuchaba atentamente aunque me importara un bledo lo que tenían que decir? ¿Si no me mostraba agradecido con ese tipo al que yo consideraba una basura? ¿Si contestaba fácilmente que NO a un pedido al que simplemente no tenía ganas de acceder? ¿Si me daba el lujo de trabajar cuatro días por semana renunciando a ganar más dinero? ¿Si transitaba el mundo sin estar bien afeitado? ¿Si me negaba a dejar de fumar hasta que no pudiera hacerlo naturalmente?

Si... Alguna vez escribí que esta idea del esfuerzo necesario es una creación social que parte de una ideología determinada, de una ideología de hecho bastante severa con la imagen del hombre social. Parece bastante claro que si el hombre es vago, malvado, egoísta y dejado, entonces, el hombre debe esforzarse para “mejorarse”. Pero, ¿será cierto que el hombre es así?

Yo escuchaba fascinado, no tanto por lo que Jorge me decía, sino por mi propia imagen de lo que sería vivir relajadamente, sin peleas conmigo mismo, tranquilo y sin prisas, sin preguntarme nunca más: “¿Qué m... hago yo aquí?”. Pero ¿por dónde empezar?

—Primero –siguió Jorge, como si adivinara mis pensamientos— antes que ninguna otra cosa es preciso desactivar una trampa que nos pusieron cuando éramos así de chiquititos. Esta trampa es una idea tan prendida en nosotros, que forma parte de esta cultura explícita e implícitamente: “Sólo se valora lo que se consigue con esfuerzo.”

Como dirían los americanos, esto es bull—shit (bosta de toro). Cualquiera puede darse cuenta con su propio sentido de realidad que esto no es cierto, y sin embargo, estructuramos nuestra vida como si fuera una verdad incuestionable. Hace algunos años “describí” un síndrome clínico que aunque no está registrado en los tratados médicos ni psicológicos, ha sido padecido, o lo es todavía, por todos nosotros. Decidí llamarlo, ya vas a ver por qué:

El síndrome del zapato dos números más chico. El hombre entra en la zapatería, un vendedor amable se le acerca:

— ¿En qué lo puedo servir, señor?

— Quisiera un par de zapatos negros como los de la vidriera.

— Cómo no, señor. A ver, a ver... el número que busca... debe ser... 41, ¿verdad?

— No, quiero un 39, por favor.

— Disculpe, señor, hace veinte años que trabajo en esto y el número suyo debe ser 41, quizás 40, pero... ¿39?

— 39 por favor.

— Disculpe, ¿me permite que le mida el pie?

— Mida lo que quiera, pero yo quiero un par de zapatos 39.

El vendedor saca de un cajón ese extraño aparato que usan los vendedores de zapatos para medir pies y con satisfacción, proclama:

— ¿Vio? Como yo decía: ¡41!

— Dígame ¿quién va a pagar los zapatos usted o yo?

— Usted.

— Bien, entonces ¿me trae un 39?

El vendedor, entre resignado y sorprendido, va a buscar el par de zapatos número 39. En el camino se da cuenta de lo que pasa: los zapatos no son para él, seguramente son para hacer un regalo.

— Señor, aquí los tiene: 39 negros.

— ¿Me da un calzador?

— ¿Se los va a poner?

— Sí. Claro.

— Son... ¿para usted?

— ¡Sí! ¿Me trae el calzador?

El calzador era imprescindible para conseguir hacer entrar ESE pie en ESE zapato. Después de varios intentos y de ridículas posiciones, el cliente consigue meter todo el pie dentro del zapato. Entre ayes y gruñidos camina algunos pasos, con dificultad, sobre la alfombra.

— Está bien. Los llevo.

El vendedor siente dolor en sus propios pies de sólo imaginar los dedos aplastados dentro del 39. —¿Se los envuelvo?

— No, gracias. Los llevo puestos.

El cliente sale del negocio y camina, como puede, las tres cuadras que lo separan de su trabajo. El hombre trabaja de cajero (¡!) en un banco. A las cuatro de la tarde, después de haber pasado más de seis horas parado dentro de esos zapatos, su cara está desencajada, tiene las conjuntivas inyectadas y lágrimas caen copiosamente de sus ojos. Su compañero, de la caja de al lado, lo ha estado mirando toda la tarde y está preocupado por él:

— ¿Qué te pasa? ¿Te sientes mal?

— No. Son los zapatos.

— ¿Qué pasa con los zapatos?

— Me aprietan.

— ¿Qué pasó? ¿Se mojaron?

— No, son dos números más chicos que mi pie...

— ¿De quién son?

— Míos.

— No entiendo. ¿No te duelen los pies?

— Me matan, los pies.

— ¿Y entonces?

— Te explico –dice, tragando saliva—. Yo no vivo una vida de grandes satisfacciones, en realidad, en los últimos tiempos tengo muy pocos momentos agradables.

— ¿Y?

—Yo me mato con estos zapatos. Sufro como un hijo de puta, es verdad... Pero dentro de unas horas, cuando llegue a mi casa y me los saque... ¿Te imaginas el placer?... Qué placer, loco... ¡Qué placer!

—Parece una locura, ¿verdad? Lo es, Demián, LO ES.
Esta es en gran medida nuestra pauta educativa. Yo creo que mi postura es también un extremo. Sin embargo, vale la pena probarla como si fuera un saco, a ver cómo nos queda. Yo creo que no hay nada verdaderamente valioso que se pueda obtener con el esfuerzo. ...Me fui pensando en su última frase, grosera y contundente:

EL ESFUERZO, PARA LOS CONSTIPADOS





EL HOMBRE QUE SE CREÍA MUERTO - JORGE BUCAY



Recuerdo que me había quedado pensando en el cuento de las dos manitas.

—Es como aquella poesía de Almafuerte –comenté—. No te des por vencido ni aun vencido.

—Puede ser –dijo el gordo— aunque más me parece que en este caso es: “No te des por vencido antes de ser vencido” o si quieres: “No te declares perdedor antes de llegar al tiempo de la evaluación final”. Porque... Y ya que estaba, me contó otro cuento.

Había un señor muy aprensivo respecto de sus propias enfermedades y sobre todo, muy temeroso del día en que le llegara la muerte. Un día, entre tantas ideas locas, se le ocurrió que quizás él ya estaba muerto. Entonces le preguntó a su mujer:

—Dime mujer, ¿no estaré muerto yo?

La mujer rió y le dijo que se tocara las manos y los pies. —Ves, ¡están tibios! Bien, eso quiere decir que estás vivo. Si estuvieras muerto, tus manos y tus pies estarían helados.

Al hombre le sonó muy razonable la respuesta y se tranquilizó. Pocas semanas después, el hombre salió bajo la nieve a hachar algunos árboles. Cuando llegó al bosque se sacó los guantes y comenzó a hachar. Sin pensarlo, se pasó la mano por la frente y notó que sus manos estaban frías. Acordándose de lo que le había dicho su esposa, se quitó los zapatos y las medias y confirmó con horror que sus pies también estaban helados. En ese momento ya no le quedó ninguna duda, se “dio cuenta” de que estaba muerto.

—No es bueno que un muerto ande por ahí hachando árboles –se dijo. Así que dejó el hacha al lado de su mula y se tendió quieto en el piso helado, las manos en cruz sobre el pecho y los ojos cerrados.

A poco de estar tirado en el piso, una jauría comenzó a acercarse a las alforjas donde estaban las provisiones. Al ver que nada los paraba, destrozaron las alforjas y devoraron todo lo que había de comestible. El hombre pensó: —Suerte que tienen que estoy muerto que si no, yo mismo los echaba a patadas.

La jauría siguió husmeando y descubrió el burro atado a un árbol. Fácil presa era de los filosos dientes de los perros. El burro chilló y coceó pero el hombre sólo pensó qué lindo sería defenderlo, si no fuera porque él estaba muerto. En algunos minutos dieron cuenta del burro, sólo unos pocos perros seguían royendo algún hueso. La jauría, insaciable, siguió rondando el lugar.

No pasó mucho tiempo hasta que uno de los perros olió el olor del hombre. Miró a su alrededor y vio al hachero tirado inmóvil en el piso. Se acercó lentamente (muy lentamente, porque el hombre era muy peligroso y engañador). En pocos instantes, todos los perros babeando sus fauces rodearon al hombre. 
—Ahora me van a comer –pensó—. Si no estuviera muerto, otra sería la historia.

Los perros se acercaron... ...y viendo su inacción se lo comieron.



sexta-feira, setembro 16, 2011

LA TRISTEZA Y LA FURIA






En un reino encantado donde los hombres nunca pueden llegar, o quizás donde los hombres transitan eternamente sin darse cuenta…



En un reino mágico, donde las cosas no tangibles, se vuelven concretas.
Había una vez… un estanque maravilloso.
Era una laguna de agua cristalina y pura donde nadaban peces de todos los colores existentes y donde todas las tonalidades del verde se reflejaban permanentemente…
Hasta ese estanque mágico y transparente se acercaron a bañarse haciéndose mutua compañía, la tristeza y la furia.
Las dos se quitaron sus vestimentas y desnudas las dos entraron al estanque. La furia, apurada (como siempre esta la furia), urgida -sin saber por qué- se baño rápidamente y más rápidamente aún, salió del agua…
Pero la furia es ciega, o por lo menos no distingue claramente la realidad, así que, desnuda y apurada, se puso, al salir, la primera ropa que encontró…
Y sucedió que esa ropa no era la suya, sino la de la tristeza… Y así vestida de tristeza, la furia se fue. Muy calma, y muy serena, dispuesta como siempre a quedarse en el lugar donde está, la tristeza terminó su baño y sin ningún apuro (o mejor dicho, sin conciencia del paso del tiempo), con pereza y lentamente, salió del estanque.
En la orilla se encontró con que su ropa ya no estaba. Como todos sabemos, si hay algo que a la tristeza no le gusta es quedar al desnudo, así que se puso la única ropa que había junto al estanque, la ropa de la furia.
Cuentan que desde entonces, muchas veces uno se encuentra con la furia, ciega, cruel, terrible y enfadada, pero si nos damos el tiempo de mirar bien, encontramos que esta furia que vemos es sólo un disfraz, y que detrás del disfraz de la furia, en realidad… está escondida la tristeza.